quinta-feira, 17 de junho de 2010

Nasceu!!!

Parto marcado: local, dia e hora. Faltava bem pouco para conhecer aquele que carreguei por nove meses dentro de mim. Engraçado ter tanta intimidade com esse ser que nem ao menos sabia como era seu rosto. Eu, como curiosa que sou, não me aguentava de tanta ansiedade. Quase não dormi na noite anterior, até por causa do peso da barriga. Nessa fase da gravidez parece que tudo incomoda.
Acordamos cedinho, pelo mesmo toque de celular de detetive de sempre. Levantei, tomei um bom banho e me olhei no espelho pela última vez grávida...eu estava tão gordinha! Chegamos ao hospital, ajeitamos a papelada e fui a enfermaria esperar ser chamada para o centro cirúrgico. Chegando lá eu estava calma, mas tão calma que nem me reconhecia. O médico aplicou a anestesia em mim e dai em diante só sentia moverem o meu corpo. O cheiro de queimado, seguido de mãos puxando o bebê de dentro de mim. E, finalmente, o meu bebê. Ele era tão minúsculo e indefeso que me deu vontade de tomá-lo em meus braços para protegê-lo logo nesse momento. O momento em que eu me senti mãe pela primeira vez. A felicidade era tanta que não me atreveria a descrevê-la. Meu marido ao meu lado, me beijava o tempo todo e demonstrava o quanto me amava. Esperei um pouco e, ao sair do C.C., nossas famílias nos aguardavam tal qual um time que acabara de ganhar a copa do mundo. Todo o hospital tomou conhecimento da família do Bruno.
De volta a enfermaria, fez se uma roda em volta do Bruno e todos esqueceram de mim, ali, anestesiada sem poder movimentar as pernas, mas louca para ver meu bebê. Passada a euforia puder ver: a boca, as orelhas, os olhos, o nariz eram meus...nossa, ele era a minha cara, tendo a pele mais clara.
Logo chegou a hora de amamentar e nada do bebê sugar. Foram feitas inúmeras tentativas e nada, o Bruno só dormia. Só depois de muita insistência ele quis começar a mamar. Que alívio! Não queria ter que dar leite artificial e não foi preciso.
Depois de todos irem, ficamos só eu, o Bruno e minha irmã Daniele. A noite foi longa, ele chorava de vinte em vinte minutos e ainda não sabia mamar direito. Ainda bem que a Dani o ninava e ele logo adormecia.
No dia seguinte recebemos alta e fomos para casa. Com o Bruninho todo vestido de Palmeiras. Seria a nossa primeira noite em casa. A nossa família estava completa. Mais um sonho realizado. Agora era curtir meu bebê, vestí-lo como um boneco, dar banho, passear, amamentar, exatamente como eu havia imaginado há nove meses atrás.