terça-feira, 15 de setembro de 2009

O segundo semestre

Enfim, paz! Fim dos desconfortos da gravidez. Quando entrei no quarto mês, parecia que tinha ganho um cota extra de energia. Trabalhava oito horas diárias, continuava com meus afazeres domésticos e ainda fazia faxina nos fins de semanas. Por muitas vezes, nem me lembrava que estava grávida.
Foi nessa também nessa época que meu bebê começou a se mexer. Primeiros uns choquinhos, depois chutinhos mais fortes. Adorava compartilhar esses momentos com meu marido, que sempre ficava emocionado.
Aos seis meses, descobrimos o sexo do bebê. Não escondia de ninguém que sonhava com uma menina. Porém, depois de vários ultrassons, sem nem ter esperanças lá íamos nós de novo. Estávamos meu marido e eu na sala de ultrassonografia, quando o médico entrou, todo sisudo, percorrendo o aparelho por toda a extensão da minha barriga, mostrando o fêmur, o crânio, abdômen (coisas que já tínhamos visto inúmeras vezes) e, de repente, dispara: "-Vocês já sabem o sexo do bebê, não é?" Instantaneamente respondemos juntos: Não!!! Ele deu uma paradinha e disse, olhando para os nossos olhos arregalados: "-É menino! Olha aqui a "pinta" dele!" Na hora o César ficou bobo de tanta alegria, afinal, desde o começo ele tinha certeza que vinha pela frente um meninão. Em seguida ligamos para nossas famílias. O mais engraçado foi minha sogra, que compartilhava comigo o sonho da Maria Giulia. Pensou ela que estávamos brincando e ficou sem reação. Agora ela está radiante com a idéia de ser avó de um menino. Quem sabe da próxima vez não vem nossa menina?
O temível terceiro trimestre estava se aproximando e essa calmaria estava com dias contados...

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Aprendendo a dirigir

Consegui, há um ano, minha carteira de motorista. Não que fosse algo que eu quisesse muito, pelo contrário, meu então noivo era o maior interessado. Depois guardei a dita cuja na carteira e nunca mais toquei no assunto. Até descobrir-me grávida: deixar de ir ao trabalho dirigindo por quinze minutos para andar de ônibus por duas horas para mim tudo bem, mas com um bebê na barriga, sem condições!
No começo, meu marido ia me deixar e me buscar. Depois eu ia dirigindo e ele ao meu lado me dando orientações, muitas vezes, de um jeito nada delicado... Até que um dia decidi dirigir sozinha e dirigi até uma semana atrás.
Saldo da brincadeira: um ônibus amassado, um ciclista atropelado, uma batida traseira numa árvore, uma quase-batida numa moto (se é que isso existe) e arranhões no carro do médico mais chato do meu trabalho. Pior que pela minha fama de barbeira, ainda fui acusada de bater no carro de uma estagiária do meu posto. O que me custou uma arranhão na lateral de ponta a ponta. Fazer o que, né?
Enfim, agradeço ao meu marido toda a força que ele me deu e até relevo suas broncas. Uma das coisas que eu mais admiro nele é sua maneira de achar que todos podem melhorar sempre. E eu já estava esquecendo do quanto isso é bom. Já posso ir aos lugares que quero sem depender de ninguém e, daqui a pouco, com o Bruninho devidamente instalado em seu bebê-conforto, no banco de trás.